castelo de berat
na albânia
o maior dos balcãs
O Castelo de Berat, na Albânia, tem uma história milenar.
Ele foi construído no século IV BC pelos Illyrians, tribos consideradas bárbaras, pelos gregos. Acredita que eles estão na origem do povo albanês e outros da região dos Balcãs. Ao longo do tempo, o castelo foi uma fortaleza contra diversos povos que tentaram dominar o sul do país.
A versão original passou por diversas reformas, principalmente na Idade Média. Hoje, o que restou dessa autêntica cidadela, é uma das grandes atrações turísticas da Albânia. Um lugar que vale a pena conhecer, ainda mais se você curte história.

Silvino Ferreira Jr – Berat
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História é que não falta neste lugar. Mas antes de chegar lá, um aviso: prepare-se para uma longa subida. O Castelo de Berat fica numa posição estratégica e você pode chegar lá a pé ou de carro. Em nosso caso, o trajeto foi feito à pé e levou pouco mais de 20min. Isso porque as condições físicas do nosso apresentador exigiram uma parada para tomar fôlego. Mas o esforço, como você pode ver em nosso vídeo, compensa.

Vista de Berat
Antes mesmo de chegar ao castelo a vista impressiona. Além de ter Berat aos seus pés, mais distante, as montanhas e os Alpes Albaneses revelam muito da região e do próprio país. A Albânia é rica em natureza e paisagens montanhosas. Você também logo descobre a principal razão para a construção de uma fortaleza ali. Na época, controlar os movimentos do rio Osumi era fundamental para defender a cidade de invasores.

Casas de Berat
Posição estratégica contra os invasores
Olhando o mapa, fica fácil perceber a posição estratégica que Berat tinha. Grécia, Itália e Malta, no lado sul da Europa, e mais Croeacia, Kosovo, Macedônia, Montenegro e Sérvia formam um círculo em torno da Albânia. Os gregos foram os primeiros da dominar a região, mas logo vieram os romanos, o bizantinos e os otomanos.
Olhando o rio lá de cima, você vê as marcas do domínio otomano, nas pontes do Osumi e nas casas em uma de suas margens. Casas, diga-se de passagem, que formam um dos carões postais mais conhecidos da Albânia.

Mesquita Branca – Castelo de Berat
Mesquita, igrejas bizantinas e outros tesouros do Castelo de Berat
Considerado o maior dos Balcãs, o Castelo de Berat guarda belas surpresas para quem o visita. As principais são ais igrejas bizantinas e as mesquitas otomanas. No passado, eram 42 igrejas na Citadela de Berat, como também é conhecido o castelo. As poucas que resistiram têm muita história para contar.

St Mary Vlaherna
Um dos tesouros escondidos do Castelo de Berat são as obras em afresco do mestre da pintura albanesa Onufri. É preciso ter um pouco de sorte para visitar as igrejas, porque as chaves ficam nas mãos de alguns habitantes do castelo.
A nossa sorte foi ainda maior porque, além de entrar nas igrejas St Mary Vlaherna e St Nicola, igrejas bizantinas ortodoxas, o nosso guia permitiu que a gente filmasse e fotografasse, o que não é a praxe. Por isso, o nosso vídeo foi enriquecido por algumas imagens do trabalho de Onufri e explicações do nosso guia.

Holy Trinity Church
Uma cidade museu e patrimônio cultural da humanidade
A preservação dessas igrejas durante o período em que a Albânia viveu sob o regime comunista só foi possível porque Berat foi transformada em Cidade Museu. Embora os comunistas tenham fechado todas as igrejas, com exceção da St Mary Vlaherna, ficaram impedidos de destruí-las, como era a intenção. Hoje, além de ser o maior castelo na região dos Balcãs, também é um Patrimônio Cultural da Humanidade, segundo a UNESCO.

Artesanato no Castelo de Berat
De acordo com as informações do nosso guia, cerca de 200 famílias vivem no interior das muralhas do castelo. Algumas dessas famílias guardam as chaves das igrejas. Há uma atividade turística intensa ali. Você encontra diversos cafés, bares, lojas de artesanatos e há também um estacionamento.

Silvino Ferreira Jr – Castelo de Berat
No final do nosso vídeo, uma curiosidade: você descobre que entramos por uma porta lateral do castelo e saímos pela porta principal. Isso aconteceu porque aceitamos a dica de seguir por um atalho. Descobrimos que a visita paga saiu de graça. Para compensar, oferecemos uma boa gorjeta ao nosso guia de última hora. Era mais que justo.