desvarios de um presidente
destaque do vídeo 31
Não poderia ser diferente: como se isso ainda fora possível, o atual presidente do Brasil ultrapassou todos limites do tolerável na função que lhe cabe. Se o fato por si só já seria grave e motivo para afastamento em qualquer democracia que se preze, a participação dele em um evento pedindo a volta da ditadura militar não poderia ter ocorrido em momento mais sensível ao país.
Em tempos de crise, o que um país mais precisa é de um líder. É nessas horas que se descobre se temos um mero ocupante de um cargo ou um estadista, capaz de superar diferenças partidárias e ideológicas e liderar o país. E líder é o que o Brasil menos tem neste momento. O ocupante da cadeira não faz nem ideia do significado da palavra estadista.

Renata Sucupira
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Indignação, flores, parque, trabalho
Essa indignação com o que ocorreu no domingo, ganhou Renata Sucupira como porta-voz, logo na abertura do nosso vídeo 31. Para ela, dormir com a imagem dos cartazes pedindo volta do AI5, fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal foi como dormir com fantasmas que pareciam enterrados.
Por conta do fuso-horário, eu fui dormir com notícia do que estava acontecendo no Brasil. Ao acordar, a primeira coisa que fiz, o que é hábito, foi circular pelas homepages dos principais jornais para ter mais informações e saber da repercussão fora do Brasil. E uma boa medida dessa repercussão é o fato de que a participação do presidente ganhou o topo da homepage de um dos principais jornais do mundo: o The New York Times.

Maria Porto e Alexandre Alencar
Alexandre Alencar, que já havia deixado o seu protesto em nosso programa 30, começou o dia com um gesto de carinho para com a filha, Maria Porto. Com muito trabalho diretamente do seu home office, coube ao pai levar um bom cafezinho para a mesa da filha. Pai também é para essas coisas.

Mônica Luíza
Quem também deu o ar da graça foi a nossa querida Mônica Luíza, que tem hospedado Amaro Filho durante esta quarentena. Ele que tanto gosta de trabalhar na cozinha, dessa vez, cedeu a cadeira para que Mônica pudesse preparar material para enviar aos seus alunos. Uma forma de mantê-los ativos durante este período de isolamento social.
Como num passe de mágica, você vai como a beleza e delicadeza das flores pode mudar o humor de uma pessoa. Ao perceber que mais flores estão surgindo no jardim que ela vem cuidando desde que chegou à casa dos pais, em Londrina, Renata não conseguiu conter a emoção. Era tudo o que ela precisava.
Amaro Filho trouxe duas novidades: a primeira foi uma inovação na forma de filmar, mostrando apenas a sua sombra; em seguida, ele revela um método de trabalho que curte como forma de organizar melhor as ideias. Trata-se do uso do bom e velho caderno de anotações, com um lápis de grafite e uma boa borracha. Uma forma de trabalhar que acaba se transformando numa espécie de diário. O objeto de estudo é o ‘O Livro das Ocorrências’, de autoria de Lourenço da Fonseca, com o objetivo de buscar patrocínio para um projeto sobre Capiba, grande nome da música pernambucana.
Eu também dei uma saidinha. Foi uma junção de exercício físico com uma missão: encontrar tomate. Foi uma bela caminhada, principalmente pelo fato das dimensões do parque permitir que se ande bem afastado dos outros frequentadores. A vasta área gramada permite que se caminhe tranquilo, sem se temer qualquer aproximação indesejada.

Alexandre Alencar
Depois da gentileza de levar o café até o quarto da filha, a principal tarefa de Alexandre Alencar foi tentar manter a rotina diária de trabalho. Segundo ele mesmo confessa, não tem sido fácil. A quarentena tem mexido com o metabolismo dele, especialmente em relação ao sono. Acostumado a acordar logo cedo, tem demorado mais na cama ultimamente.
A participação de Renata neste trigésimo primeiro vídeo de ‘Um Dia de Cada Vez’ encerra-se com Flamenco. Só que dessa vez, você não terá o privilégio de vê-la ensaiando, mas numa conversa online com a maestra do estúdio de flamenco e outras colegas. A razão do encontro era discutir as respostas para questões que as alunas haviam previamente recebido.
Uma das razões que me levaram à uma das lojas da Coop, foi mostrar como eles têm cuidado da segurança dos cliente e dos funcionários. Logo na entrada estava super tranquilo, então, não tive que esperar. No interior da loja, há marcas no piso indicando a distância que os clientes devem ficar um do outro. E os funcionários que trabalham nos caixas, além de máscara e luvas, ganharam uma barreira transparente que os separa dos clientes. Você entra e volta pra casa com um sentimento de segurança. E ainda produzi uma imagem onde parece que eu estou seguindo a própria sombra.