feminismo hoje – conexão feminista
Feminismo hoje é a causa da plataforma Conexão Feminista.
Falar de feminismo hoje pode dar espaço a diferentes leituras. Uma das interpretações equivocadas é pensar em uma volta do feminismo, como se ele tivesse, em algum momento, ido embora. O mais apropriado seria dizer que, como um movimento, o feminismo é tão dinâmico quanto o mundo em que vivemos.
Por isso, é natural que ele também passe por processos de evolução. O Conexão Feminista, criado pelas amigas Heloisa Righetto e Renata Senlle, é um claro exemplo de como usar os recursos que as novas tecnologias oferecem para trocar ideias e ampliar o debate sobre um tema tão relevante quanto atual.

Renata Senlle
Descubra mais:
As sufragistas e a luta pelo direito de voto para as mulheres
Conexão Feminista – ativismo na era digital
A ideia é tão simples quanto inteligente: duas amigas de longa data, a Heloisa residindo em Londres e a Renata em São Paulo, se encontram no Skype para conversar e compartilhar ideias sobre os mais variados temas relacionados ao feminismo hoje.
A ideia surgiu como uma forma ser uma ativista no sentido literal do termo: sair do comportamento reativo para uma ação proativa. Com destaca Helô, dar likes e compartilhar postagens no Facebook já não era suficiente.
A ideia do Conexão Feminista é ir além. Em pleno século XXI, mesmo com tantos anos de luta, a desigualdade entre os gêneros mostra o quanto os conceitos de democracia e justiça social ainda estão distantes da realidade. Participar ativamente é imprescindível para se chegar a o ponto ideal. Mas onde está o ponto ideal?

Heloisa Righetto
Feminismo hoje, causa mais inclusiva
Helô tem a resposta na ponta da língua: o ponto ideal é quando o movimento feminista não for mais necessário. O dia em que o sonho tenha sido realizado. Se este dia parece ainda distante, a única forma de se chegar lá é construindo mais e mais conexões, pontes que liguem as mulheres onde quer que elas estejam.
E aí entra outro aspecto que distingue o feminismo hoje, daquele exercido por tantas mulheres pioneiras: ele, como afirma Helô, é mais inclusivo, mais abrangente. Se começou como um movimento que parecia restrito ao universo de mulheres brancas e de classe média, isso mudou. As novas mídias deram voz a outros grupos de mulheres que, hoje, desempenham papel importante no atual estágio do movimento feminista.
Acervo Feminista
Voltando ao aspecto prático do Conexão Feminista, Heloisa e Renata falam o quanto essa conversa tem sido um fator de enriquecimento pessoal elas e para quem as acompanha. Desde que iniciaram a plataforma, elas já gravaram mais de 70 vídeos, todos disponibilizados no Youtube.
E assim como o feminismo hoje este diálogo também é inclusivo: Helô e Renata têm convidado mulheres especialistas em diferentes áreas para participar da conversa. Uma outra forma de ampliar a visão dos problemas e inserir outras ideias na discussão tem sido através da leitura de livros de autoras feministas.
A Ladies’ Bridge
Ao longo da caminhada com Helô, você também vai descobrir que o local escolhido tem uma bela conexão com o feminismo. A Conhecida como Ladies’ Bridge (Ponte das Senhoras), a Waterloo Bridge não ganhou este nome por acaso. Ela foi construída durante a Segunda Guerra Mundial por mulheres.
Este fato é um exemplo de como feitos femininos são apagados da história. Se a gente pensar que, em termos de história, não faz tanto tempo assim, dá para imaginar o quanto ainda existe para ser resgatado. Para quem tiver interesse em conhecer mais dessa história, foi produzido um documentário de 30 minutos, Nele, se busca resgatar a memória de outras 25 mil mulheres construtoras que tiveram seus nomes apagados da história.
Esta conexão da Waterloo Bridge com a luta feminista, como destaca Helô, é de um simbolismo muito valioso e tem tudo a ver com a proposta do Conexão Feminista. Ambas as pontes, a de concreto e a plataforma digital carregam em si a ideia de que o feminismo quer ligar as pessoas, indo no sentido contrário daqueles que, em pelo terceiro milênio, querem erguer muros. Ponte que também é estendida aos homens. Engana-se quem ainda percebe o feminismo como o contrário de machismo.
Finalmente, não dá para deixar de destacar um motivo que faz desse vídeo algo muito especial, além da importância do seu tema: Heloisa Righetto. Desde 2009, ano de lançamento do Canal Londres, ela tem sido uma grande parceira. Temos o privilégio de contar com o talento e a inteligência e, acima de tudo, com a amizade de Helô.
Vê-la transformar-se em uma voz respeitada do feminismo hoje, deixa a gente com um baita orgulho. Assim como a tatuagem que ela exibe representa o compromisso com o feminismo, o nosso vídeo é um registro do nosso compromisso com causas nas quais acreditamos.
muito obrigada pela força <3
Vc esta em casa Helo!