grupo choro alvorada
O nosso primeiro encontro com o Choro Alvorada aconteceu durante um evento na Embaixada do Brasil em Londres. Eles participavam como convidados especiais do lançamento do livro “Lima Barreto – Sátiras e Outras Subversões“.
Eles impressionaram a plateia com uma música que o público inglês presente não conhecia. Daí veio a ideia de convidá-los para um registro em vídeo. O convite foi logo aceito e só tivemos que aguardar a próxima apresentação do grupo para saber mais sobre eles. E descobrimos coisas muito interessantes.

Da direita para a esquerda: Andrew, Rachel, Jeremy, Aluá e Luiz
Ouça mais:
Uma flautista brasileira apaixonada por choro
Formação do Choro Alvorada- 3 ingleses e 2 brasileiros
A primeira descoberta foi a de que, em uma banda que toca um ritmo tipicamente brasileiro, os ingleses formavam a maioria. São 3 músicos londrinos, um de Fortaleza e outro de São Paulo. São eles: Rachel Hayter, na flauta; Andrew Woof, no clarinete; Luiz Morais, violão de 7 cordas; Jeremy Shaverin, cavaquinho, e Aluá Nascimento, na percussão.
Alua, que organizou o nosso encontro, tem, entre outras atividades musicais, sido um grande divulgador do chorinho em terras britânicas. A segunda surpresa: o nosso vídeo não precisaria de legendas, uma vez que os 3 londrinos do grupo falam português. Acredite: é raro isso.

Luiz Morais
Clássicos e composições próprias no repertório
Outra boa novidade é o repertório do Alvorada. Eles, claro, tocam os grandes clássicos brasileiros do choro, como Pixinguinha e Jacob do Bandolim, mas também apresentam composições dos integrantes do grupo.
Das 3 músicas que fazem a trilha do nosso vídeo, “The Artful Dodger” é composição de Rachel Hayter, enquanto “First Light“, é de Jeremy Shaverin. A música que abre o vídeo, “O Rasga“, é do grande mestre Pixinguinha.

Da esquerda pra direita: Rachel, Andrew, Aluá, Jeremy e Luiz
Choro pede aconchego
Os apreciadores de um bom choro sabem o quanto o ambiente é importante para ouvir este ritmo tão brasileiro. Isso para a quando se toca na tradicional roda de choro ou para o público. Neste sentido, o local da apresentação não poderia ser mais apropriada.
Mais que um bar, o 14 Bacon Street, é um espaço dedicada à arte. Com os seus sofás, mesas e decoração descolada, o nosso choro só faz com que a atmosfera fique ainda mais aconchegante.

Rachel & Andrew
Cada vez mais internacional
Se por um lado o choro é o primeiro ritmo urbano brasileiro, ao mesmo tempo, é uma música que encanta qualquer instrumentista, não importa a sua formação, clássica, popular ou jazzística. Uma prova é o Grupo Choro Alvorada.
Seus integrantes têm origens e formações diferentes. Este parece ser um fator que tem favorecido a sua internacionalização. Pela reação das plateias europeias que têm tido o privilégio de ouvir o chorinho, ele tem um longo caminho a percorrer, além das fronteiras onde nasceu.