jardins de versalhes
obra-prima de um
rei e um jardineiro
Jardins de Versalhes, obra de arte em forma de natureza.
É é fruto da ambição de um homem que se imaginava um deus, Luís XIV, o imperador que implantou o absolutismo na França. Na companhia da guia de turismo Zilda Figueiredo você vai fazer uma visita especial aos jardins que ficam no lado oeste do palácio.
Ela é integrante do site Conexão Paris. Como mostrar todas as belezas dessa imensa obra em um vídeo de curta duração, vamos passear por algumas partes dos jardins, só para você ter uma ideia do quanto vale a pena separar pelo menos um dia da sua viagem à capital francesa para este passeio.

Zilda Figueiredo
Uma dica: vai visitar Versalhes? Fure a fila do ingresso, comprando online.
Jardins de Versailhes, o imperador e o jardineiro
Logo no início do nosso passeio, Zilda faz uma introdução que é fundamental para você entender a concepção dos Jardins de Versalhes. A frente do palácio está voltada para o leste. Os jardins, na parte posterior, para o oeste. É o caminho diário do sol, que nasce no leste e se põe no oeste.
No centro desse eixo estão os aposentos de Luís XIV. Por aí você já tem uma ideia da ambição desse imperador francês. O sol é o símbolo que você vai encontrar em todas as partes do palácio.
Mas toda a grandeza de Luís XIV não seria capaz de dar origem aos fantásticos Jardins de Versalhes, sem a parceria de André Le Nôtre. É a genialidade desse paisagista que tornará realidade o sonho do rei: impressionar todo visitante que ali chegasse. André Le Nôtre concebe os Jardins como um arquiteto concebe uma construção. Nada ali é casual, tudo segue um plano brilhantemente traçado.
A engenharia da água
Os Jardins de Versalhes começam a ser projetados na segunda metade do século XVII. André Le Nôtre trabalhou ali de 1662 até o ano da sua morte, em 1700. O grande desafio para tornar vivo esse projeto era algo indispensável para qualquer forma de vida: a água.
Versalhes, na época, era uma região ainda isolada e não havia uma maneira fácil de se trazer a água necessária para uma obra daquelas dimensões. Foram empregados muitos recursos e mão de obras para construção de canais e tubulações subterrâneas que gerassem a água necessária ao projeto. Vale destacar que a água não era apenas para manter os jardins vivos. A água tem um papel muito significativo ali. Um papel sagrado.
Para você ter uma dimensão da grandiosidade dos Jardins e a importância da água é preciso conhecer alguns números: são mais de 50 fontes, 30 bacias, cerca de 30 km em canalização, 40 km de aquedutos subterrâneos. Também foi preciso desenvolver uma tecnologia que fizesse com que as fontes jorrassem verticalmente.
Isso também é parte das simbologias que estão em todos os recantos dos jardins. Á água é uma força divina, que brota da terra em direção aos céus. E aqui vai um toque muito especial da nossa guia: se você pretende visitar os Jardins de Versailles, o nome em francês, fique atento: não são todos os dias que a fontes estão ligadas. São nestes dias que o acesso aos jardins é pago. O ingresso custa, hoje, 9 euros. Pode ter certeza, são 9 euros muito bem empregados.
A Fonte de Latona
Ingresso na mão, você tem acesso a um mundo de belezas que jamais esquecerá. Entre os destaques, bem no eixo que corta todo a extensão dos jardins, a Fonte de Latona, dedicada à mãe dos gêmeos, Apolo e Diana. Deuses do Sol e da Lua, respectivamente, na mitologia grega. Faz todo o sentido para a imagem que Luís XIV quer projetar de si mesmo: a do Deus Sol. O casal nasce do relacionamento entre Latona e Zeus e é vítima da fúria da mulher deste, Era.
A maldição que ela lança sobre a rival faz com que toda vez que se aproxime de uma fonte de água esta se transforme em lama. Ao mesmo tempo, faz com que as pessoas neguem água a Latona. Só há uma saída: a interferência de Zeus. E ele faz isso punindo a todos que negarem água à mãe de Apolo e Diana. Como você vai ver em nosso vídeo, a Fonte de Latona ilustra bem este castigo.
O Bosque de Apolo
Seguindo os passos de Zilda, você vai conhecer um lado de Versailles que não é visível à primeira vista. Da Fonte de de Latona, é possível avistar o que parece uma floresta. Na verdade, por trás daquelas árvores escondem-se algumas das belezas escondidas dos jardins. São os Bosques Surpresa. Em nosso vídeo, você vai conhecer dois deles.
O primeiro é o Bosque de Apolo. O nome já sugere algo de muito especial. E é. O caminho até lá sugere um labirinto. Eram caminhos onde a nobreza exercia alguns dos seus esportes prediletos: o galanteio, as fofocas, os jogos de infidelidade. Eram os efeitos do ócio luxuoso em que viviam. Assim que você sai do labirinto se depara com uma vasta área onde, ao fundo, vês-s a magnífica estátua de Apolo cercado por ninfas. é de encher os olhos.
O bosque das 3 Fontes
De um Bosque Surpresa, Zilda nos guia a outro: o Bosque das 3 Fontes. A água jorra verticalmente proporcionando um espetáculo cheio de cores, reflexos e simbolismos. Os temas são a fauna marinha. Como espelhos, as fontes refletem a grandeza de Versalhes. Na fonte do topo, a água corre sobre a bela escultura, escorrendo como se voltassem à terra, de onde voltam a jorrar. Toda essa força e beleza movidos pela mesma engenharia original.
Como dissemos no início, o nosso vídeo é apenas uma pequena amostra do que há para ver e admirar nestes jardins domesticados. Ao sair dali, além da vontade de voltar se une a uma certeza: você acabou de ver como a força e a beleza da natureza podem ser moldadas pelo talento e mãos humanas.