capital da república checa
a bela praga
Praga, capital da República Checa, é uma das mais belas cidades do leste europeu. Em dia de sol, um passeio pelas ruas da cidade não tem preço. Tivemos essa sorte. Como se não bastasse o nosso dia solar, o privilégio de ter guia local. Clarisse Dias, brasileira, vive na cidade há mais de 5 anos. Ela nos levou para um belo passeio a alguns dos seus lugares favoritos na cidade.
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Um pouco da história da nossa guia em Praga
Clarice saiu do Brasil para fazer uma dessas viagens que a gente faz quando está de coração partido. Ela precisava de um tempo para pensar e repensar. O que ela não imaginava é que a cidade iria significar tanto. Depois de refúgio, tornou-se um lugar para ficar.

Clarice Dias
O início foi como o de muitos brasileiros imigrantes. Começou trabalhando em restaurantes. No caso dela, um complicador a mais: a língua falada no ambiente de trabalho era o russo. Ainda é grande a presença russa na capital da República Checa. As marcas do comunismo estão em toda parte: da arquitetura ao comportamento das pessoas.
O tempo passou. Encontramos uma Clarisse perfeitamente adaptada e feliz na capital checa. Ela a define como “a calma em forma de cidade”. Esta é uma definição que entendemos perfeitamente ao passar por alguns lugares muito especiais de Praga.
O povo checo, ao contrário dos latinos, especialmente os italianos, é quieto e fala num tom moderado. Pelo menos nos locais públicos por onde passamos. Isso, claro, pode ser uma impressão de primeira visita.
Toda essa calma é cercada por uma beleza. Principalmente quando se tem a sorte de, em pleno inverno, se apreciar Praga sob a luz do sol. A arquitetura, as águas do seu rio, suas pontes, dão um toque especial à cidade.
A elegância de um lugar histórico e bem frequentado.
A nossa primeira parada neste passeio é no tradicional Cafe Louvre. Tradicional e muito elegante. Frequentado por nomes como Albert Einstein e Franz Kafka, ele foi fechado pelos comunistas. Isso aconteceu quando as tropas soviéticas invadiram a cidade para conter as reformas promovidas durante “A Primavera de Praga”. Foi um belo ponto de partida para a nossa caminhada por uma das mais belas cidades do leste europeu.
Teatro Nacional de Praga – trincheira de resistência
Também passamos pelo Teatro Nacional de Praga. Na verdade são dois, um ao lado do outro. O primeiro foi construído na segunda metade do século XIX, às margens do rio Moldava. Ele remete ao passado. É um dos símbolos nacionais da República Checa. Já o segundo, de arquitetura moderna, pode-se dizer, representa o compromisso da nação com o presente e o futuro.
O teatro, diga-se de passagem, é uma das formas de expressão artística mais populares e significativas em Praga e na República Checa. Em seguida, atravessamos a ponte, passamos pelo Museu Kampa, um espaço dedicado à arte contemporânea, com belíssimas esculturas às margens do rio.
Sempre caminhando, fomos até o parque Petrin. Este é um lugar que Clarisse costuma ir em busca de paz e tranquilidade para uma boa leitura.
Para finalizar o nosso passeio, dois lugares especiais: o estreito canal onde estão os cadeados que casais apaixonados fecham e atiram as chaves nas águas. O ato simboliza o desejo de amor eterno. Nos despedimos junto ao Muro John Lennon.
É uma parede dedicada ao grafite. Mais que ao grafite, ele é um espaço para se expressar sentimentos de amor pela cidade ou qualquer ser amado. Nada mais apropriado para terminar um passeio por uma cidade que é de deixar qualquer um apaixonado.