mário bakuna
um banco, um violão
A música de Mário Bakuna não precisa de muito para se expressar.
Um banco, uma voz e um violão e você já sabe que está diante de um trabalho de quem sabe o que faz. Mais que qualquer parafernália, é a harmonia entre voz e instrumento que retrata o que ele é como músico. Como toda boa composição, as partes que formam o todo devem estar integradas. É isso que se percebe no trabalho musical de Mário.
No entanto, para saber mais sobre o músico e a música de Mário Bakuna, nada melhor que ouvir o próprio Mário. No vídeo acima, você vai conhecer um pouco dois lados: O cenário não poderia ser mais feliz: uma bela tarde às margens do Tâmisa, em Hammersmith. Enquanto caminha, ele conta a trajetória que o trouxe à capital londrina; sentado, às margens do rio, ele toca e canta duas de suas composições.

Mário Bakuna
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O talento musical vem da herança paterna. O pai dele foi guitarrista de Belchior e integrante de uma geração que definiu a música nordestina a partir dos anos 70. Ele também faz questão de destacar a influência do irmão mais velho. Mas isso não seria suficiente sem a própria decisão do Mário em buscar uma base sólida para a formação musical. Ainda adolescente, ele começa a ter aulas no Conservatório de Taquaritinga, interior de São Paulo.

Mário Bakuna
A mudança para uma grande metrópole como São Paulo ampliou os horizontes e proporcionou um salto na formação como músico. A prova está na persistência que o levou a estudar na Escola Livre de Música. Mas a vida em São Paulo acabou revelando-se uma passagem para outra grande cidade: a capital londrina. O aspecto cosmopolita, que tanto caracteriza a capital inglesa, é uma das principais razões para que ele vá ficando.

Mário Bakuna
Por outro lado, sair do Brasil foi fundamental para que ele definisse o que queria como músico. Mas o que é que a música de Mário Bakuna quer expressar? Simples: a própria identidade. Se no Brasil ele se inclinava por um caminho mais jazzístico, aqui, ele descobriu-se mais brasileiro. O samba ganhou espaço. É como se a cidade tivesse colocado um espelho diante dele .

Mário Bakuna
Se você ainda não viu o vídeo acima, pode estar se perguntando: sim, mas o trompete? Bem, este é um segundo instrumento, que se junta ao violão e enriquece a música de Mário Bakuna. É criação do próprio Mário, mas você não vai vê-lo, porque é invisível. Mas ele está presente e você vai ouvir e sentir. Não é isso que importa?