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coleção quarentena – dia 68
Se aproxima a hora de comemorarmos 70 dias de ‘Um Dia de Cada Vez’. A rigor, o registro de mais um dia já é motivo de comemoração. E, considerando-se todas as dificuldades pelas quais os participantes têm passado, pode-se dizer que o dia 68 foi um dia calmo.
Dessa vez, eu, Silvino Ferreira Jr., começo o dia abrindo um livro que ganhei de presente de aniversário quando nem sonhava que um dia iria viver fora do Brasil. Um livro de culinária que foi escrito antes de culinária ganhar a projeção que tem hoje. ‘O Grande Livro da Cozinha Maravilhosa da Ofélia’, já me salvou inúmeras vezes quando bate a saudade do Brasil. Dessa vez, eu abri na página que tem a receita para se fazer uma moqueca.
Corte para Recife e temos Maria Porto. Nem sempre ela está disposta a falar diretamente para a câmera, mas há os dias especiais em que ela manda um recado. Dessa vez, ela estava para iniciar o encontro virtual que faz com os colegas do escritório de advocacia onde trabalha. É uma forma de amenizar a saudade que sente do contato diário com colegas e amigos.

Maria Porto
Quem, também em Recife, apareceu mais disposto do que nos dias anteriores foi o nosso produtor cultural Amaro Filho. Dia de sol, ele voltou a tomar sol na varanda e isso faz uma bela diferença. Mas Amaro também está animado com a sequência de projetos que tem tocada.
Em especial, Amaro destaca uma boa notícia: a aprovação, na Câmera dos Deputados, da Lei Emergencial da Cultura, que vai significar um alívio para muitos artistas em um tempo tão difícil para a grande maioria deles. Falta a aprovação no Senado, mas tudo indica que a aprovação por lá não será um problema.

Amaro Filho
Mônica Feijó tinha motivos para estar um pouco mais animada. E estava. Ela recebeu uma encomenda para gravar dois textos para uma empresa de São Paulo. Os textos terão versões para o inglês, o que vai demandar um trabalho em parceria com a filha. Maria vai ajudá-la na revisão e correções do texto em inglês.

Mônica Feijó
Em Londrina, fazia frio sob a luz do sol e Renata Sucupira aproveitou para sair um pouco da rotina de trabalho. Ela la faz uma observação muito pertinente quanto à saúde do grupo que faz ‘Um Dia de Cada Vez’, que chega ao vídeo 68 sem nenhuma baixa. A ironia é que ela faz isso exatamente no dia em que começou a sentir dores de dente. Um problema que pode ser facilmente resolvido em tempos normais, torna-se um desafio nestes tempos de pandemia.

Renata Sucupira
Depois de ler a receita para fazer a minha moqueca, eu passei parte do dia trabalhando em meus projetos pessoais. Eu chamo de projetos pessoais aqueles que faço sem me preocupar se vou ou não ganhar dinheiro com isso. São os trabalhos que curto mesmo fazer, porque envolvem criação e escrita.

Silvino Ferreira Jr.
Mas não foi só moqueca que se destacou quando o assunto era comida. Em Recife, Mônica está disposta a investir na riqueza energética do açaí para ganhar mais disposição para encarar a rotina diária. Mas, como ela mesma diz, a intenção é revigorar o corpo e a alma. Vamos aguardar os próximos capítulos.
Moda também fez parte do dia: Renata mostrou a coleção de peças de tricô que conseguiu produzir durante a quarentena. E a apresentação da coleção teve direito até a trilha sonora: um quarteto de cordas do compositor Karl Amadeus Hartmann. Caminhando para o final, você vai ver o resultado que saiu do livro de Ofélia, curtir alguns passos de flamenco e um belo pôr do sol em Londrina.