museum of london docklands
museu das docas
Museum of London Docklands – a relação entre Londres e o Tâmisa.
Um, entre os muitos museus que valem a pena conhecer na capital inglesa, o Museum of London Docklands oferece a oportunidade para quebrar com um velho conceito: o de que museu é lugar de velharias. Um passeio por suas galerias e corredores é como passear pelas páginas de um livro de história. No vídeo acima, Heloisa Righetto faz esse passeio e você é o nosso convidado especial para acompanhá-la.
Museum of London Docklands e o Museu de Londres
Antes de tudo, porém, é bom entender o que é o Museum of London Docklands. Para não fazer confusão, porque também existe o Museu de Londres, que conta a história da cidade. Os dois são administrados conjuntamente.
A diferença é que o Docklands é focado na história da relação da cidade com o Rio Tâmisa. Mais especificamente, nas mudanças que o porto provocou na região de Canary Wharf, onde está localizado. Outra semelhança: ambos devem entrar na sua lista de museus para conhecer na cidade.
A visita começa pela mais nova galeria do museu. Ali, como Heloisa ressalta, vale a pena prestar atenção em cada detalhe. Do carrinho de madeira, passando pelas balanças, as telas onde são exibidos vídeos, as paredes, ao teto, tudo conta a história do prédio em si. A galeria fica no terceiro andar e esta é mais uma característica desse museu: o passeio é de cima para baixo.
Dois registros tristes na história: escravidão e guerra
Mas antes de descer ao segundo andar, Heloisa passa por uma galeria que tem um significado muito especial. A London Slave & Sugar, como o nome sugere, conta a relação do porto e da cidade com o longo período da escravidão. É o lado feio da história da capital londrina e do país. Muito da riqueza do Reino Unido foi construída através do comércio de seres humanos. A galeria está ali para não deixar que isso caia no esquecimento.

Heloisa Righetto
Chegando ao segundo andar, riqueza de informação é o que não falta. É outro banho de história. Ali, por exemplo, você pode fazer um exercício de imaginação. A exposição de projetos para a expansão do porto da cidade que não foram aprovados estão expostos. Como teria sido o desenvolvimento da cidade se um deles tivesse sido aprovado?
Tem também uma parte fascinante, a predileta da Helô, onde as ruas da época, com as lojas em torno das docas, são reproduzidas. Heloisa também destaca o importante papel que o museu tem na educação das crianças londrinas. Boa parte das mais de 300 mil pessoas que visitam o museu são estudantes que são levados pelas escolas.
Memórias da guerra
Merece também destaque o espaço reservado à Segunda Guerra Mundial. Como é fácil imaginar, assim como aeroportos, os portos marítimos são alvos prioritários durante uma guerra. Por isso, nesta parte do museu, você passa pela experiência de viver sensorialmente o ambiente da época dos bombardeios. A trilha sonora são os sons que reproduzem o ambiente da época.

Heloisa Righetto
O nosso passeio termina com os olhos voltados para o renascimento, o futuro. Entramos numa galeria que conta a história da recuperação da cidade. Como ela foi reconstruída no pós-guerra. É uma lição de força e otimismo.
Uma prova de que o ser humano, com tantos defeitos, é fascinante pelo que é capaz de construir. Mostra a força de superação de um povo e o lugar onde vive. É um passeio no tempo que você pode fazer num click. No final, você vai concluir que este é, de fato, um dos museus especiais na capital londrina.
Horário de Visita:
O museu abre diariamente das 10 às 18h.
Entrada Grátis
Veja como chegar lá no Google Maps