as ideias no grafite de onesto
O nome dele é Alex Hornest, mas é mais conhecido por Onesto.
Mas, como ele mesmo diz, este é apenas um entre mais mais 70 nomes para assinar os trabalhos. São múltiplas atividades que exerce e, por isso, tantos nomes. Para registrar o grafite e as ideais de Onesto em Londres, aproveitamos a passagem dele pela cidade. Foi uma conversa enquanto ele pintava uma parede na região de Shoreditch. O trabalho era parte do Lata Street Culture Festival.
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Como você vai notar, Onesto faz parte de um grupo de artistas que, concorde-se ou não com ele, carrega ideias próprias. Mais que isso: ele não tem medo de expressar opiniões que vão contra a corrente. Um exemplo foi a impressão que, mesmo com pouco tempo na cidade, Londres causou nele. Apesar de ser uma cidade celebrada pela concentração de grandes artistas de rua, ele não se impressionou. Viu mais técnica e habilidade do que ideias que fazem pensar.
Traçoes, cores e ideias
Ideias que fazem parar e pensar é o que leva Onesto a pintar paredes de lugares por onde passa. Segundo ele, arte tem que ser provocativa. Arte não pode ser mero objeto de decoração. No caso do grafite, é uma interferência do artista no espaço público com o objetivo de causar reflexão. Mas não ficamos por aí.
Além do aspecto mais conceitual do seu trabalho, aproveitamos para saber mais sobre a história dele como artista. Descobrimos que o desenho é algo que vem com ele desde os primeiros passos da infância. À medida em que foi construindo a trajetória artística foi incorporando diferentes formas de expressar as ideias. Sempre tendo o desenho e a pintura como base.
Hoje, Onesto tem a produtora independente 3 em 1 Filmes, onde produz trabalhos para web, documentários, filmes institucionais e publicitários e animação. A produtora permite que ele, inquieto que é, possa expandir as atividades. Assim, ele atua como diretor, produtor, sound designer, por exemplo.
No final da conversa, como não poderia deixar de ser, você descobre a mensagem deixada por Onesto em Londres. A expectativa era de que as pessoas que por ali passassem parassem e perguntassem a si mesmos: “o que o artista quis dizer com essa pintura, que mensagem estes traços e cores querem transmitir?” Provavelmente, cada um terá a própria resposta.