reading – a cidade vermelha
com silvia macedo
Reading, no condado de Bercjshire, fica a 64 Km ao oeste de Londres.
Conhecida como uma cidade universitária, Reading foi a cidade escolhida pela pernambucana Silvia Macedo para fazer o seu doutorado em cinema. Formada em arquitetura, Silvia tem se dedicado ao cinema como diretora de arte.
Ela aceitou o nosso convite e é a sua guia no vídeo acima, num passeio por Reading. No decorrer do nosso vídeo, você descobre o que a cor vermelha em a ver com o nome da cidade. E, melhor ainda: esta é só a primeira parte do passeio.

Silvia Macedo – Forbury Gardens
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Reading – uma cidade universitária
O nosso passeio começa pelo belo Forbury Gardens. A primeira revelação a respeito da cidade é que, até 1926, a Universidade de Reading era parte do complexo de Colleges da Universidade de Oxford. Vale ressaltar que boa parte da fama de Reading deve-se a boa reputação da sua universidade, o que a torna destino de muitos estudantes estrangeiros e de outras cidades do Reino Unido. Uma das suas características é abrigar cursos de perfil mais moderno, mais contemporâneo.
Forbury Gardens e o leão de Reading
Forbury Gardens é marcado pela presença da escultura de um leão. O monumento, chamado de Maiwand Lion é uma homenagem aos soldados mortos na Batalha de Maiwand, no Afeganistão no final do século XIX.
Mas Silvia acrescenta uma informação curiosa: essa batalha inspirou Arthur Conan Doyle na criação do personagem Watson, o companheiro de Sherlock Holmes.

Silvia Macedo – Reading
A Abadia
O Forbury Gardens dá acesso a uma das principais atrações turísticas da cidade: a Abadia de Reading. Na verdade, são as ruínas da igreja que o Rei Henrique I mandou construir em 1121. É ali que estão os restos mortais de Henrique I. Mais tarde, outro membro da Dinastia Tudor, Henrique VIII, ordenaria a destruição da Abadia.

Abadia de Reading
A ordem era parte do movimento chamado “Dissolução”, que se apropriou de monastérios, na Inglaterra, País de Gales e Escócia, por ordem de Henrique VIII, fundador da Igreja Anglicana, entre 1536 e 1541. Mais tarde, o local foi usado para a construção de escolas. Num deles, estudou Jane Auster, consagrada autora inglesa.

Abadia de Reading
Mas a Reading Abbey não são apenas ruínas que contam histórias. Hoje, o espaço, além de atrair turistas, é usado para grandes eventos. Silvia, por exemplo, destaca como uma das paredes da antiga abadia é usada como tela para projeção de filmes.
No lugar das cadeiras, aluga-se almofadas e o público faz o pique-nique no grande cinema ao ar livre. A parede que divide esse espaço em uma das laterais é o muro da Prisão de Reading, que foi construído com as ruínas da abadia.

Oscar Wilde Walk
A prisão e o prisioneiro ilustre
Ao lado da Prisão de Reading, bem às margens do rio, fica o Oscar WildeWalk. É uma homenagem ao grande escritor irlandês, que ficou preso ali por aproximadamente 2 anos. O motivo da prisão: Oscar Wilde era homossexual. Ele percorreu esse trecho a caminho da prisão.
São várias as referência a Oscar Wilde: o rosto dele na grade do portão, a frase “Oh Beautiful World”, primeiras palavras ditas por ele ao sair da prisão, os bancos vermelhos, em referência ao interior do presídio.

Oscar Wilde
O vermelho
A cor vermelha não é casual e tem a ver com a origem da cidade. Tomado ao pé da letra, o nome da cidade, Reading, significa leitura, mas a pronúncia remete a “red” (vermelho). A explicação está na história que deu origem à cidade.
No século 8, a cidade era chamada de Readingum, e era a capital dos Readingas, tribo anglo-saxã que vem de Rēada. Acredita-se que seja o nome do guerreiro que deu origem à tribo, cujo significado é “O Vermelho”.
Para quem está em Londres e quer conhecer Reading, é muito simples: saem trens das estações de Waterloo e Paddington, com muita frequência. Dessa última, a viagem leva apenas 27 minutos. E veja o segundo vídeo, que, entre outras atrações, mostra como a cidade homenageou um ilustre brasileiro que viveu ali por algum tempo: Ayrton Senna.