saudade batendo na porta – dia 74
É o penúltimo dia de ‘Um Dia de Cada Vez‘. Enquanto você lê esta mensagem, a edição do último vídeo já deve estar começando. Por isso, neste penúltimo dia foi inevitável uma certa melancolia revelando um sentimento de saudade antecipada.
Em Londrina, por onde a gente começa, o tempo chuvoso, com céu nublado foi um ingrediente a mais neste sentimento de melancolia, expresso na voz de Renata Sucupira. Mais tarde, Mônica Feijó e a própria Renata ressaltariam a importância destes dois meses e quinze dias juntos.
Poesia foi uma companheira constante ao longo desse nosso trajeto. E, neste vídeo 74 ela vem na voz de Amaro Filho, que faz a leitura do belo poema ‘Porque é da natureza’, escrito ela cantora e compositora paraibana Cátia de França. O poema é um belo alento em um momento tomado pelo sentimento de despedida. Não há ponto final, há o ponto do recomeço.

Amaro Filho
Em nosso grupo, Maria Porto que, entre outras contribuições, como caçula, ajudou a puxar a média de idade um pouco pra baixo. Pessoalmente, eu que a conheci ainda adolescente, fiquei muito feliz ao vê-la como uma pessoa madura, que também se tornou uma profissional competente e consciente dos desafios do mundo em que vivemos.

Maria Porto
Nesta edição, eu aproveitei para mostrar, mais uma vez, um dos lugares que mais frequentei durante todos estes dias: Brenchley Gardens. Se em alguns dias o número de pessoas me fez desistir de caminhar por lá, Brenchley Gardens voltou a ser o que era antes: um lugar muito quieto, perfeito para uma pequena caminhada. A quarentena acabou me ajudando a conhecer melhor o lugar onde moro.

Brenchley Gardens
Obviamente, a série chega ao fim, mas consciente de que os dias de pandemia ainda vão levar algum tempo para ser parte do nosso passado. No Brasil, os números só aumentam: cresce a quantidade de pessoas contaminadas e cresce o número de mortos. Infelizmente, também crescem os gestos de insensatez do ocupante da Presidência do país.

Renata Sucupira
Por outro lado, como destaca Renata, começam a surgir os sinais de resistência. A sociedade civil começa a mostrar que chegou a hora de botar um ponto final nessa marcha da insensatez. Cabe a cada um de nós, da maneira que estiver ao alcance, contribuir para que este pesadelo acabe e o brasileiro volte a ter o direito de sonhar com dias melhores.

Mônica Feijó
Como parte do penúltimo programa, ainda tivemos a minha experiência culinária, no preparo de um prato mediterrâneo. Posso confirma que o experimento foi aprovado. Tivemos Mônica Feijó com mais uma performance para o Grupo Palavra que Move e Renata Sucupira com mais uma demonstração de movimentos do Flamenco.