sepultura
metal brasileiro no mundo
Sepultura é a banda brasileira de maior sucesso de todos os tempos.
Em mais de 30 anos de carreira, são milhões de discos vendidos, shows em mais de 70 países e milhares de fãs que acompanham a banda em cada apresentação.
Londres tem sido uma cidade presente nos roteiros das turnês internacionais, desde o início da banda. Nesta passagem de 2018, tivemos o privilégio de conversar com Andreas Kisser, líder do Sepultura e registrar imagens do show da banda no belo teatro, de estilo clássico, Koko. A ideia central era conhecer o segredo do sucesso e da longevidade.
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Banda Sepultura – 3 décadas de estrada
Em 1984, dois irmãos, Max e Igor Cavalera formaram o Sepultura, em Belo Horizonte. À guitarra de Max, que também era o vocalista, e à bateria de Igor, s juntaram o baixo de Paulo Xisto e Paulo Guedes, como segundo guitarrista. A saída deste último, abriu caminho para Andreas Kisser, em 1987. Neste mesmo ano, o Sepultura começou a dar os primeiros passos rumo a uma carreira internacional.

Andreas Kisser
Mudanças na formação da banda
Já consagrados, em 1996, aconteceria a primeira mudança que abalaria as estruturas da banda: durante a turnês do álbum Roots, um conflito interno levou à troca da empresária, com isso, viu Max Cavalera decidir pela saída da banda. A empresária em questão era a sua esposa. O posto de vocalista foi assumido pelo norte-americano Derrick Green, selecionado entre uma multidão de candidatos.
Nesta turnê, ele está comemorando 20 anos de banda. Em 2006, outra mudança na formação: Igor Cavalera sai e dá lugar a Jean Dolabella, que foi baterista do Sepultura até 2011, quando foi substituído por Eloy Casagrande.
Mudando mas mantendo a identidade
Quando uma grande banda, como é o caso do Sepultura, passa por mudanças tão significativas, é normal um período de turbulências. Os fãs ficam divididos, quem permanece, sente o peso da responsabilidade. Fica no ar a grande questão: a banda vai conseguir manter a identidade? Esta resposta veio com o tempo.
O Sepultura mostrou que o metal que eles faziam, e fazem, está acima das individualidades. Depois de mais de 30 anos, eles continuam viajando o mundo e levando milhares de pessoas às apresentações. Em Londres, eles tiveram mais uma prova de que estão mais vivos que nunca.
Tirando música do que não é música
Um dos segredos para essa longevidade está na forma como o Sepultura elabora cada novo trabalho. Ao invés de seguir tendências ou modismos, eles vão buscar temas fora do universo musical. Um exemplo é o álbum Dante XXI, uma leitura musical da Divina Comédia, de Dante Alighieri.
Como afirma Andreas, eles vão “tirar música do que não é música”. O mais recente trabalho, Machine Messiah, é outro exemplo de como a banda está antenada: trata-se de uma reflexão sobre o impacto das novas tecnologias na vida das pessoas.
Visão política
Com incontáveis milhas de vôo e apresentações em dezenas de países, Andreas revela que é sempre especial voltar para o Brasil. E mostra que está ligado nas turbulancências e mudanças que estão acontecendo no país.
Com uma visão otimista, ele vê um lado positivo onde muita gente só percebe problemas: tudo é um grande aprendizado, o brasileiro está mais por dentro de como as coisas funcionam. Com mais conhecimento, fica mais fácil saber de quem e onde cobrar. Capacidade, como prova a história do Sepultura, o brasileiro tem.